13 de maio de 2022

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por: mokayama

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Categorias: matérias

O Pior guitarrista do mundo…o verdadeiro Herói da Guitarra!!!

Meu grande amigo, ex aluno e companheiro de eras sobre assuntos bacanas como teorias de conspiração, fofocas do meio metal, guitarrismos gerais o Joao Paulo Siolliver, me informou (como bom olheiro de sempre) sobre esta curiosa matéria:
A morte do pior guitarrista do mundo.
Ele era uma figura que eu desconhecia; um inglês chamado Richard Benson naturalizado italiano (tinha que ter a bota no rolo…kkk) por causa de uma apresentação ruim tinha construído um personagem que se tornou notório por fazer apresentações que provocassem vaias.
Noves fora, fazemos um paralelo com os rumos que arte (principalmente a de consumo em massa) se tornou asséptica, inofensiva, estéril onde a zona de conforto do politicamente correto reflete obsessão pela perfeição, justamente numa área onde o jogo de sombra e luz constrói a área cinzenta com todas suas saudáveis variáveis….
É notório que Ozzy Osbourne foi vital para a construção da cultura guitarrista pelos nomes que revelou. Costumava ele dizer que Randy e Eddie estavam sempre em primeiro plano, principalmente pela imperfeição de pequenos detalhes ao contrário do Steve Vai, que para ele era um robô montando e desmontando um motor em segundos.
Zona de conforto muitas vezes é sinônimo de uma falsa segurança onde a assepsia camufla a provocação, o incomodo, o questionamento onde a arte acontece.

O zen e arte de tocar o foda se….

Saber se despir de vaidades, como nosso herói o fez, usando suas imperfeiçoes para manifestar sua arte me remete a anulação de ego que é o pilar de uma espiritualidade verdadeira
Similar aos monges que raspam a cabeça, usam a mesma túnica e fazem voto de pobreza Richard Benson anulou seu ego, principalmente num nicho tão complexo que é o artístico, onde a vaidade é combustível (que usemos esta como um monge budista que plantava arvores para se perpetuar, mas tinha consciência dos benefícios destas mesmas…)
Oh, são metrônomo…oh, são photoshop…oh, santa edição de bateria…oh ,infinitos santos da mentira digital que fodeu a arte….
Que tenhamos equilíbrio entre a maravilhosa linha entre o erro e acerto que nos torna humanos.
Assim como as belas tigelas Kintsugi, analogia a beleza das imperfeições e cicatrizes que constroem nossa história…
Outro italiano celebre, o psicanalista Contardo Calligaris (viva a bota 2) disse em seu leito de morte: _ eu espero estar à altura…”
Nosso anti-herói da guitarra disse: _ “se eu morrer, morro feliz. ”

Como falou o meu amigo João: “_Ele viveu a melhor parte da música… a diversão….
“ Nada de novo debaixo do Sol”… apenas vaidade….

Oka
13 /05/22