Limusines, comboios…rabecões…

Um semanário americano (que me foge a memória), logo após a morte do baixista John Entwsitle, comparou o comboio de limusines transportando a entourage do que sobrou da banda como uma procissão fúnebre .
Noves fora ficou clara e plenamente declarado a necessidade em seguir com os compromissos assumidos para evitar um desastre financeiro para quem ficou com o abacaxi na mão….
Seguindo com o conceito de noves fora, existe o conceito que a morte é uma puta negócio para artistas(ah… a morbidez do ser humano…)
Sempre achei bizarro o conceito deste culto e revival de atores, músicos através de tributos de gosto para lá de duvidoso que incluíam hologramas e músicos originais das bandas no espetáculo.
Demanda gera receita…business as usual….segue o baile a lusitana roda e com a graças dos deuses da microfonia, o rock permanece vivo….
Sempre achei o Jason Newsted o cara que salvou o Metallica do seu desmanche eminente após a tragédia do Cliff Burton, uma cara que injetou energia atitude e musicalidade numa persona que iluminava o palco, além de ser a cola musical (um verdadeiro metrônomo humano, comprovei no show da turnê do Black Album onde o saco cheio dos demais integrantes transbordava ao contrário da “paudurencia” dos shows do and Justice….)
Lenda urbana ou fato, o fato é que um amigo que trabalhava de segurança no camarim do show de 89 relatou que o Jason trazia para ele humildemente comida, refri e perguntava se ele precisava de alguma coisa. Relatos assim não faltam.
Como também não faltam relatos sobre a persona down to Earth do EVH.
Desde tocar musicas do Cream com o Andre Christovam na Normans Rare guitar ,quando o Andre trampava lá além de oferecer carona para ele no Porsche…além da celebre e documentada historia de só pedir umas aulas de dança para o Michael Jackson por Beat it…
Nem tudo é Bussines….(not as usual).
O Eddie não teve funeral público, pelo que se sabe suas cinzas jogadas na costa de Malibu.
Queria antes de ficar doente(segundo o Wolf) uma turnê com todos os integrantes do VH.
Não é de surpreender o Jason meter a boca e sair falando sobre o projeto da possível tour com o Satriani, Dave Lee Roth e o Alex Van Halen.
Provavelmente a cancelada série de shows de despedida do Dave não vingaram , Alex tentado por uma oferta absurda e o Satch sempre um articulador e empresário de visão
Lembremos como o projeto G3 literalmente salvou a guitarra rock instrumental com seu formato três tenores da guitarra.
Nada contra tudo isso, se tivéssemos introjetado esta visão empreendedora do mercado norte americano, a cena brasileira estaria em outro patamar (talento nunca faltou).
Aguardemos cenas dos próximos capítulos….
Para mim Eddie , assim como Django, Jaco Pastorius, Hendrix, Bach foi um fenômeno da natureza tão impar quanto um boto cor de rosa alado ou uma aguia que toca uma stratocaster…
Acima nestes textos…apenas conjecturas
Vindas que alguém que continua aos 50 anos tocando com o mesmo tesão os licks do Eddie que aprendeu com 13 e tatuou as cores da Frankenstrat no braço no dia seguinte da partida dele deste plano .
#segueobaile (no caso da espécime humana , quase sempre de máscaras)

Márcio Okayama