3 de setembro de 2019

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por: mokayama

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It´s your turn….

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Meu primeiro violão foi presente do meu avô materno, Cicio Caravoglia, um calabrês da gema marceneiro fabricante de móveis, com uma cultura altíssima e altas tendências filosóficas que balizou muito da minha formação cultural.

Começar pelo violão clássico ,conselho dado pelo Sergio Dias, quando meu pai, Masamiki Okayama, o conheceu no antigo hospital Matarazzo, onde era médico cirurgião, sempre me apoiando incondicionalmente na minha empreitadas roqueiras guitarristicas por toda a vida, inclusive no momento que anunciei em alta voz que iria me profissionalizar, contrariando a regra (semi captania hereditária) de médico ser filho de …médico; grande parte dos meu colegas de profissão ficaram amigos íntimos e conheceram meu pai carregando meu ampli….

A tenacidade necessária para os estudos e todas as inconstâncias da carreira, creio ter herdado do meu avô , Koiji Okayama, dentista japonês , que foi capitão de cavalaria do exército japonês…o nome dele ta até no livro Coraçôes Sujos…rs…não o conheci em vida mas com certeza o fator” faca nos dentes” veio dele, vital para sobreviver no music business…rs

Onze anos atrás o Wander Taffo( com certeza um pai para mim também) definiu numa frase o papel definitivo meu nesta encarnação :” O Marcinho é agora o pai da Isabella…”

O que tenho que afirmar humildemente, é que todos os clichês sobre a questão da paternidade são verdadeiros….provavelmente a forma de amor mais pura e sublime que um ser humano experimente…ja falou o Keith Richards…..

Assumo que fugi do esteriótipo de pai em todos os aspectos(como era esperado pela plateia, rs), incluso ai o clichê do pai roqueiro que compra camiseta do Metallica para o bebê e pendura guitarrinha na porta do quarto da maternidade, acredito que as coisas tem que fluir naturalmente; foi a maior lição dada pelo meu pai e avô: educar, dar cultura, apoio, proteger, mas nunca cortas as asas e apoiar o sonho , por mais estapafúrdio que seja….

Confesso que sabe Deus o que será desta geração viciada em slime, mini videomakers que fazem a dancinha da Kathy Perry…. mas faz parte do gap de geração…compremos a cola e a tinta para o Slime….

Todavia confesso que sinto um prazer enorme quando a Isabella cantarola alguma música obscura do The Who( que cantava para ela dormir), ou pede para tocar Django Reinhertd e coloca a biografia do Keith Moon na mesa do aniversario como decoração….

Oka….